Muita gente descreve a capital dos uruguaios como uma cidade parada no tempo. Vive hoje o ritmo de 20, 30 anos atrás. Acho que concordo, baseado na arquitetura do centro histórico, nas vai-e-vem das cuias de mate na beira do rio da Prata e no elevador com porta sanfonada dos hotéis forrados de carpete bege.
O lado ruim, mais para os uruguaios do que para nós, turistas, é que muitas das novidades estéticas nas capitais vizinhas ainda não faça parte do cotidiano do povo uruguaio.
O lado bom é que testemunhamos ali uma simpatia, uma simplicidade e até uma certa inocência que me remete à época em que vivi, criança, em cidades do interior brasileiro. Uma época que nós, brasileiros, talvez nunca teremos de volta.