Gosta de cidades históricas, com construções da época da idade média? E de ruelas de paralelepípedo cheias de casinhas transformadas em galerias, lojas e bares? Porões claustrofóbicos? Torres de pedra ornadas por bandeiras e brasões? E se além disso tudo, fosse ainda a cidade natal de Vlad Dracul, o príncipe romeno que inspirou Bram Stocker a escrever “Drácula”. É, amigos… Vocês vão entender rapidinho porque eu gostei tanto de Sighisoara!
Considerada um dos vilarejos medievais mais bem preservados da Romênia, Sighisoara é um lugar lindo de se visitar e que evoca facilmente a sensação de voltar 5 séculos no passado.
Como Chegar em Sighisoara
Sighisoara é uma das três principais cidades da Transilvânia (as outras são Brasov e Sibiu), numa região da Romênia conhecida como Saxon Land (ou terra dos Saxões), devido à sua colonização germânica. Para quem quer saber um pouco sobre esta história, leia o post que escrevi sobre o vilarejo de Viscri, em que explico isso direitinho.
Chegamos vindo de carro a partir de Brasov, por uma estrada impecável, mas cheio de curvas, pois esta é uma região montanhosa, ainda nas bordas dos Cárpatos. No caminho, passamos por Viscri para conhecermos a sua imponente igreja fortificada medieval.
Depois de chegarmos na cidade e fazermos o check-in no nosso hotel, visitamos tudo o que queríamos em uma tarde e ainda deu tempo de dar uma chegadinha em Biertan, a cidade que tem a mais bonita das igrejas fortificadas romenas, um patrimônio da humanidade segundo a UNESCO (30km apenas).
Centro Medieval de Sighisoara – Patrimônio da Humanidade UNESCO
Se Brasov e Sibiu são cidades grandes com centros históricos simpáticos, Sighisoara é um vilarejo de apenas 23mil habitantes e, na minha opinião, a mais simpática das três cidades. A zona turística é compacta, fácil de ser percorrida por completo em um só dia, sem quase nada para se conhecer na parte “moderna”, fora dos muros.
Falando nisso, achamos um pouco difícil chegar até a parte histórica, porque achávamos que os carros não poderiam circular lá dentro e ficamos tentando achar um estacionamento. Ledo engano! Você sobre uma rampa onde há uma cancela e pega o seu tíquete com o guardinha e pronto!
Pode circular à vontade nas ruas apertadinhas lá no alto e até estacionar ao lado das casas de 400-500 anos de idade. Quando for embora, você paga proporcionalmente ao tempo em que ficou lá em cima (tipo, a pernoite custou uns 10-15 reais no máximo!). Aponte o seu GPS para a Strada Zidul Cetatii e não tem erro. Você entra de carro direto no Portão de entrada da Cidadela, a Tailor’s Tower.
O bom é que lá é um lugar daqueles em que as pessoas estão ali para passear, para curtir. Tem muitos restaurantes, bares e comidinha de rua. Tem também músicas, festivais e personalidades inesquecíveis. Essa senhorinha aí mesmo, vendendo flores, era de uma simpatia sem igual.
Atrações de Sighisoara
a) Torre do Relógio e Praça Central
A Torre do Relógio é o monumento mais imponente, impossível de passar desapercebido. Fica bem na praça central – a Piata Cetatii (algo como “praça da cidade”, acho). Dá para subir lá em cima, e ao longo da escadaria há uma exposição de vestimentas e objetos de época, mas é proibido fotografar (é o chamado “Museu da Cidade de Sighisoara”).
A taxa de ingresso é baratinha (6 lei), mas só vale mesmo pela vista que se tem lá do alto, pois se enxerga toda a cidade e arredores. Se quiser, você pode adquirir o combo (12 lei) para visitar também o Museu de Tortura e o Museu de Armas Medievais, todos ali mesmo na praça central.
Querem saber? Mico total. Não vale o ingresso, principalmente se você já visitou o Museu de Tortura do Castelo de Bran e a coleção de armas medievais do Castelo Peles. Suba só a torre que já está de bom tamanho, e olhe lá!
b) A Escadaria Coberta
Sai das imediações da Praça Central e vai até o topo da cidade medieval, perto do cemitério germânico. Qual é a graça dela? Além de ter sido construída em 1642 e de ter 175 degraus, ela não é nada demais. Só mesmo para te levar até onde interessa, lá no alto, de onde se tem vistas iguais ou melhores do que da torre do relógio (#ficadica para os de orçamento apertado).
c) Escola, Igreja e Cemitério
Lá na parte mais alta da cidade, há uma escola que originalmente era um seminário erguido em 1619 e uma linda igreja gótica, erguida entre 1345 e 1525 sobre as ruínas de uma fortaleza do ano 1200.
Nos fundos desta igreja, o cemitério germânico faz a gente lembrar que estamos na mesma Transilvânia que serviu de inspiração para vários filmes e lendas de horror.
A Rope Maker’s Tower, hoje transfigurada em igreja, é onde mora o coveiro que protege aqueles túmulos tão antigos que nem parecem reais.
d) As Diversas Torres
Em volta da cidade, há diversas torres, erguidas sempre por uma das guildas burguesas da cidade. Tem a Tanner’s Tower, a Tailor’s Tower, a Butcher’s Tower e assim sucessivamente. Quem viu uma, viu todas. E inevitavelmente você verá várias delas porque estão em toda parte.
A Casa onde Vlad Dracul nasceu
A mais antiga casa feita de pedra de toda a cidade é onde nasceu o príncipe Vlad Dracul, o Impalador, aquele cuja crueldade ganhou fama a ponto de ter inspirado a lenda do Drácula como um vampiro bebedor de sangue. Para aqueles que gostam do tema, visitar o restaurante erguido no local é uma obrigação!
Pena que eles, em vez de criarem uma atmosfera misteriosa e sombria, acabaram por transformar a coisa em piada. Nos fundos do restaurante, o lugar é um terraço cheio de turistas tomando a sua cervejinha e curtindo uma azaração. Decidimos escrever um post à parte sobre o restaurante Casa Vlad Dracul, que você pode conferir clicando no link.
Não muito longe da praça principal, fica uma estátua ao cidadão honorário que, no fim das contas, é um dos responsáveis hoje pelos visitantes dessa cidade que, na boa, nem precisa de referências vampirescas para valer a viagem.
E se quiser acompanhar mais da nossa viagem pela Transilvânia, clique no banner abaixo:
Salve, salve amigo legionário Gleiber!
Pô cara, brigadão pela felicitação lá no blog (selo Xícara de Ouro).
Aqui tá a maior correria, então já antecipo os votos de um Feliz Natal e um 2013 repleto de realizações no bem! Muitas viagens dahora (e música boa) de preferência Legião, rsrsrsrsrs!!
Valeu grande Kennedy! Um Feliz Natal e um lindo 2013 para ti também!
Sério, que lugar lindo! Parece um filme!!!
Valeu, Rafa! Bem isso… E olha que eu não publiquei as fotos noturnas…
Sinceramente, acho um barato a cidade não ter esse ar soturno que a gente esperaria q ela tivesse por conta dos contos 😉 É um alívio ver as cores das casas, tantas flores e tanto verde, saber que o povo do lugar não está envolto nessas sombras fabulescas rsrsrs.
Definitivamente, amore. O povo romeno não quer saber dessa história de vampiros. E a Transilvânia é toda assim, cheia de casinhas multicoloridas de telhados cor de terracota em escamas. Acho que eu já disse isso umas 20 vezes, só para vocês notarem o contraste para quando formos para outras regiões de arquitetura COMPLETAMENTE diferente!
Adorei o tour pela Transilvânia e tb me surpreendi pela simpatia das cidade mostradas. Andarilhos do Mundo mais uma vez mostrando o inusitado e pitoresco ligado a uma lenda tão vívida. Beijinhos e muitos compartilhamentos!
PS- O Sandro está muito lindo na foto!
Acho que escolhemos bem o destino dessa viagem! Pouca gente sabe que há coisas tão belas ali por aquelas terras tão mal afamadas
Oi, Gleiber. Tudo bem? 🙂
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia Paulista
Obrigado, Natalie!!! Oba, fico super feliz pelo reconhecimento… Um beijão! 🙂
me identifiquei demais nesse blog com os destinos escolhidos, ameeeeei demais.
Legal, Suelen. Percebeu que a gente não é muito de bater pernas por lugares convencionais, né?
Cara demais amei a cidade curti cada foto e um lugar ond vc adoraria passear depois de um dia de trabalho,ou numa manha qualquer sem nada pra fazer adorei parabens.