Buenos Aires é uma cidade tão linda, tão barata e tão próxima que já devia pertencer ao Brasil (os argentinos que não me leiam!). Fato é que não tem destino melhor para quem gosta de história, quem gosta de romantismo, quem gosta de natureza e quem gosta de compras.
Andarilhos do Mundo em Buenos Aires!
Já é a segunda vez que os Andarilhos vão à capital argentina, mas foi a primeira vez que levamos convidados conosco (os pais do Sandro) e essa viagem foi muito legal porque nos permitiu delimitar um roteiro básico para iniciantes e que pode ser feito por pessoas de qualquer idade (inclusive crianças).
#Como Chegar em Buenos Aires
Para chegar a Buenos Aires, há três formas:
a) De Avião
Fiz uma pesquisa no Skyscanner e descobri que há vôos diretos a partir do Brasil para Buenos Aires a partir de Guarulhos (Qatar Airlines, TAM, GOL, LAN e Aerolineas Argentinas), Galeão (TAM, GOL, Aerolineas), Porto Alegre (Aerolineas, GOL e TAM) e Florianópolis (GOL).
Ao chegar na cidade, seu aeroporto poderá ser o Ezeiza (mais longe e que vai te fazer gastar um bocado com translado) ou o Aeroparque (cada vez mais o aeroporto utilizado por voos vindos do Brasil).
Voo de Santiago para Buenos Aires
Mais dicas sobre a chegada a Buenos Aires:
b) De Carro
Apesar de ser possível fazer uma jornada desde o Rio Grande do Sul (geralmente o pessoal cruza a fronteira em Uruguaiana – RS), os boatos são de que as estradas não são tão boas, a distância é bem grande e que as batidas policiais costumam cobrar itens de segurança não oficiais só para te arrancarem uma “propina”. Resumindo: não recomendo.
c) De Barco
Foi assim que chegamos (e saímos) na cidade. Vindo de Buquebus a partir de Colonia del Sacramento, Uruguai. A viagem em Ferry rápido dura apenas 1h e custa aproximadamente R$80,00 por pessoa cada trecho. Se você quiser, pode atravessar seu carro, mas a gente optou por deixar o nosso em um estacionamento lá no Uruguai mesmo.
Free shop do Buquebus. Lá em cima a primeira classe
Depois de chegar, pegamos um táxi comum (carro preto, teto amarelo, com taxímetro) e pagamos módicos AR$ 21,00 para irmos ao hotel. O porto é pertinho do centro. Lembre-se de ter sempre pesos consigo e trocados para o táxi.
Mais links?
#Hospedagem
A gente ficou num aparthotel já pela segunda vez. É da rede Temporary Apartments, modernos, elegantes, bem localizados e fazem umas promoções incríveis no Booking.com com bastante frequência.
Salinha do AP e cozinha ao fundo
Na primeira vez, ficamos no Concord Callao e nesta viagem, ficamos no IQ Callao, que fica a uma quadra de distância.
Banheira, bancada de mármore, muuuuitos espelhos…
Mais informações sobre como escolher onde se hospedar?
#Pontos Turísticos
a) Recoleta
A recoleta é um bairro muito charmoso. Apesar do cemitério ser a principal “atração”, acredite, você vai adorar simplesmente passear por suas ruas, admirar as vitrines das lojas, babar na decoração dos restaurantes e se sentir intimado a experimentar as tortas e os cafés que perfumam cada esquina.
O cemitério, por mais tétrico que pareça, é bem legal de entrar. Não se cobra entrada e não se envergonhe: todos vão ali.
Foto de Maio de 2009 – ruas da Recoleta
Os caras construíam verdadeiras obras de arte como túmulos. Sem falar que você vê os caixões lá dentro, alguns semiabertos… Credo!
Se não gostar do clima, vá direto ao shopping de design que fica ao lado e lamente não ter espaço na mala para carregar camas, pias de banheiro, mesas e edredons… (Se bem que um bibelô ou outro dá para levar, né?).
b) Floralis Generica
Uma obra de arte moderna ao lado da avenida Presidente Figeroa Alcora. Muitos prédios elegantes ao lado como a Faculdade de Direito. É a atração do tipo viu, tá visto.
Ou seja, se você passar por ali de táxi (a caminho do Aeroparque, por exemplo), não precisa perder seu tempo indo até lá porque quando estiver ao lado dela, não há nada para fazer… Mas que é bonita, é. E fecha as pétalas quando anoitece.
c) Livraria Atheneu
Depois de caminhar pelo bairro, volte em direção à Av. Santa Fé (de preferência pela Callao). Além de passar por lojas bem elegantes e ver o povo mais elegante das Américas desfilando na rua, você vai chegar à livraria mais elegante das livrarias. Construída em um antigo teatro, além de ser tão perto do hotel. Vale a visita, mesmo que você não leia nada em espanhol.
d) El Caminito
Na Av. Santa Fé, pegue o ônibus número 152 (Boca-Olivos) e vá até o ponto final: El Caminito. Ou vá de táxi também. Infelizmente, o metrô portenho não leva até essa atração turística e, portanto, são estas as opções disponíveis.
O ônibus já serve como city tour, pois ele vai percorrendo as principais atrações da cidade no caminho. Só não esqueça de que só é possível pagar o “colectivo” com moedas, a viagem custa AR$ 1,20 (nem R$ 0,60). Você paga dentro do busão em uma máquina que dá até troco. Bem fácil.
O Caminito fica no bairro da Boca, que foi onde aportaram os imigrantes italianos no final do século XIX. História a parte, é um dos pontos mais piturescos (e mais caça turistas) da cidade toda. Ali há artistas plásticos na rua, dançarinos de Tango, esculturas bem humoradas ao ar livre, além de diversas casinhas coloridas cobertas de telhas de zinco.
Exemplo de revitalização de uma zona portuária que já muito empobrecida, mas que se transformou em um dos pontos turísticos mais atraentes da capital. Apesar da beleza, cuide bem de seus pertences e NUNCA cogite ir até lá à noite.
e) Casa Rosada
Pegue o mesmo busão para voltar (ou qualquer outro que passe na Plaza de Mayo) e desça na Casa Rosada. Sede do governo argentino, o lugar empresta sua beleza a lindas fotos de turistas.
Pombinhas, casais apaixonados e quase sempre uma manifestaçãozinha.
Na praça em frente (Plaza de Mayo) estão as mães que clamam indenização por seus filhos desaparecidos nos tempos da ditadura militar. Dali, você pode caminhar em direção ao obelisco e conhecer a ferveção do centro da metrópole (dessa vez, a gente pulou essa parte).
f) Puerto Madero
Atrás da Casa Rosada fica o Puerto Madeiro. De longe, parece pertinho, mas a caminhadinha foi beeem puxada. Atravessar a Av. Alicia Moreau de Justo atolhada de caminhões em horário de pico foi uma das partes de mais adrenalina dessa viagem toda! No mapa do fim da postagem vou colocar por onde vocês devem ir (e não o lugar onde realmente fomos!).
O porto já não está mais ativo para carga e descarga, mas se tornou uma boulevar de turistas a passeio. Vários restaurantes charmosos (achamos até um buffet beeem bom!), lojas, cafeterias, grifes. Ou seja, um lugar que dá para passar uma tarde toda (e dizem que é super gostosa para um pôr-do-sol).
Restaurante onde NÃO comemos em Puerto Madero
g) Calle Florida
Esse calçadão já teve seus áureos tempos de ser considerado uma das mais charmosa rua de compras do mundo. Percebe-se um pouco desse passado já perdido passeando pelas galerias Pacífico, mas o glamour de desmancha ao ver aquele monte de bugigangas made-in-China jogados pelo chão.
O lado mais bonito é quase chegado na Plaza San Martin. Atenção com batedores de carteira e golpistas.
Vista do Relógio Inglês a partir da Plaza San Martin
Essas atrações podem ser feitas tranquilamente em dois dias, ou se estiverem com um pouco mais de pressa, em um só dia mesmo! Nós fizemos em dois dias e achamos que gastamos bem o solado dos sapatos.
Parte 1 do Bate-Pernas
Visualizar Buenos Aires em um mapa maior
Faltaram várias atrações que na primeira vez, quando ficamos uma semana inteira na cidade, tivemos tempo para desfrutar tranquilamente. Nosso perfil de viagem também não é o de fazer compras, mas deu para descolar algumas coisas legais nesse caminho descrito aqui.
Parte 2 do Bate-Pernas
Visualizar Centro de Buenos Aires em um mapa maior
Conhece alguma outra atração imperdível na cidade? Comente aqui embaixo. Dúvidas? Sugestões? Não hesite em entrar em contato. Um abraço!
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Tenho trauma do cemitério da Recoleta. Na única vez que entrei lá um pombo gigante cagou na minha cabeça. Hahahaha!
Eu tenho uma foto de 2009 com um objeto voador não identificado grudado no casaco. Kkkkk
Parabéns pelo blog, estamos viajando para Buenos Aires e suas dicas vão ser muito uteis.
abraço
Valmir
Que bom, Valmir! Depois conte para a gente como foi a viagem! Abração